Urofluxometria

Urofluxometria - como o próprio nome diz - é a medição do fluxo urinário, baseada em tempo (t), volume urinado (vol) e fluxo (Q). O volume urinado dividido pelo tempo dá o que se chama de fluxo médio (Qmed). O ponto cujo fluxo atinge seu ápice é denominado fluxo máximo (Qmax) e corresponde ao ponto mais alto da curva gráfica.

O tempo é medido em segundos (s), o volume urinado em mililitros (ml) e o fluxo em mililitros por segundo (ml/s). Sendo assim, tem-se:

Qmed = vol ÷ t (fluxo médio é igual ao volume urinado, dividido pelo tempo de fluxo)


Há diferença entre o que é tempo de fluxo e tempo de micção. O primeiro é o tempo em que se passa urinado, sem contar o tempo das interrupções, ao passo que o segundo, o de micção, é levado em conta apenas o início e fim da micção, sem importar se houve ou não interrupções. Quando essas não ocorrem, o tempo de fluxo se igual ao tempo de micção.

É a parte da Avaliação Urodinâmica não invasiva e mais objetiva, pois permite que se verifique se há alterações do traçado de fluxo. Entretanto, não fornece com precisão a causa e/ou os fatores envolvidos na alteração miccional.

Para cada sexo e faixa etária há valores mínimos normais de fluxo máximo (ou pico de fluxo), bem como seus correspondentes em fluxo médio, que deve se situar entre 40 e 60% do máximo (pico).

Também na Urofluxometria avalia-se o “trajeto” que traçado reproduz. Há traçados em sino ou capana (normais), achatados, irregulares, contínuos, intermitentes, alongados ou, concomitantemente, mais de um dessas características.

De modo indireto, pode-se ter noções sobre a sensibilidade vesical. Por exemplo, um paciente que está sentindo um forte desejo miccional, mas que só urina cerca de 200 ml ou, o oposto, com um desejo não tão elevado, porém com um volume urinado em torno de 900 ml, o que apontaria para baixa sensibilidade.

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