O enchimento vesical normal deve ocorrer a baixas pressões passivas (sem contrações detrusoras), sem dor ou urgência miccional precoce ou oscilante e sem perda urinária de nenhuma etiologia. Obedecendo a esses parâmetros e havendo uma capacidade vesical normal (no adulto, 350 a 600 ml), o padrão pressórico de armazenamento se faz de modo a não colocar em risco a integridade morfofuncional do trato urinário superior (ureteres e rins). E, havendo competência e coordenação esfincterianas, não ocorrerá perdas urinárias.
A preparação do paciente se faz de modo que o mesmo fique o mais confortável possível. Ao mesmo tempo, a posição adotada para a realização da fase deve permitir a introdução das sondas (retal e uretral) com facilidade. A área de trabalho urinária (pênis, vulva e vagina) deve ser limpa com soluções antissépticas, para que infecções urinárias decorrentes da manipulação não ocorram.
Após a urofluxometria livre (sem sondas), que é, em geral, o início do exame, o(a) paciente deve ser colocado(a) o mais rápido possível na posição para cistometria e a sonda (ou sondas) uretral deve ser posicionada na cavidade vesical através do meato uretral utilizando-se lidocaína geléia e fixada externamente (usualmente com Micropore®). A rapidez desse procedimento confere credibilidade à medida do resíduo pós-miccional, importante dado da avaliação urodinâmica.
Uma vez a bexiga vazia, conecta-se o transdutor vesical na sonda uretral, fazendo o mesmo com o soro fisiológico a ser infundido. A sonda uretral pode ser única, mas com duplo lúmen, ou duas sondas simples podem ser introduzidas (medida da Pves e infusão). Depois de conectadas e fixadas, chega a vez de introduzir e posicionar a sonda retal com balão. Em geral não há a necessidade de fixar, pois o balão inflado com água faz esse papel.
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